domingo, 30 de novembro de 2014

10 - Câncer de mama



Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos canais chamados ductos. Quando as células da mama passam a dividir-se de forma desordenada, um tumor maligno pode instalar-se principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos.
Câncer de mama é uma doença que acomete mais as mulheres. São fatores de risco a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e a história familiar ou de mutação genética. Ser portadora dos genes BRCA1 e BRCA2 é um fator de risco importante.


Estão também mais propensas a desenvolver a doença por causa da longa exposição aos hormônios femininos, as mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados), menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de risco identificáveis.

A maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ - o que já uma lesão muito grande. Por isso é importante fazer os exames preventivos na idade adequada, antes do aparecimento de qualquer sintoma do câncer de mama. Entretanto, o nódulo não é o único sintoma de câncer de mama. Veja outros sinais:
Vermelhidão na pele
Alterações no formato dos mamilos e das mamas
Nódulos na axila
Secreção escura saindo pelo mamilo
Pele enrugada, como uma casca de laranja
Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida.


A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser solicitada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).

As formas de tratamento variam conforme o tipo e o estadiamento do câncer. Os mais indicados são: quimioterapia (uso de medicamentos para matar as células malignas), radioterapia (radiação), hormonoterapia (medicação que bloqueia a ação dos hormônios femininos) e cirurgia, que pode incluir a remoção do tumor ou mastectomia (retirada completa da mama).

O tratamento pode, ainda, incluir a combinação de dois ou mais recursos terapêuticos.

Referências:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/cancer-de-mama/cancer-de-mama/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama

terça-feira, 25 de novembro de 2014

9 - Câncer de próstata



A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

Menos de 10% dos cânceres de próstata têm algum componente hereditário. Quanto mais jovem o homem em quem o câncer for detectado, maior a probabilidade de haver um componente hereditário.

A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina). Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.

O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.

O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.

Algumas recomendações são importantes:

* Homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os exames preventivos aos 50 anos;

* Descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de próstata antes dos 65 anos apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença; portanto, devem começar a fazer os exames aos 45 anos;

* Pessoas com familiares portadores de câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos apresentam risco muito alto de desenvolver a doença; por isso, devem começar o acompanhamento médico e laboratorial aos 40 anos;

* Homens com níveis de PSA abaixo de 2,5 ng/mL devem repetir o exame a cada 2 anos; já aqueles com PSA acima desse valor devem fazer o exame anualmente;

* Resultados de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas podem gerar muita angústia, apesar de não serem suficientes para estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável dar prosseguimento a uma avaliação médica detalhada e criteriosa;

* Optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes para prevenir a doença.


Referências:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata+/definicao
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-prostata
http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-prostata/

terça-feira, 18 de novembro de 2014

8 - Câncer de pele


A pele, o maior órgão do corpo humano, é composta por duas camadas: a epiderme, na parte externa, e a derme, na parte interna. Além de regular a temperatura do corpo, ela serve de proteção contra agentes externos, como luz do sol e calor, contra agentes infecciosos e agentes químicos (ingestão de arsênico, exposição a raios-X e rádio).

Os cânceres de pele são muito comuns no Brasil (25% dos tumores malignos diagnosticados), e a maioria ocorre por causa do excesso de exposição aos raios ultravioleta do sol.
Eles podem ser de vários tipos. Os mais comuns são os carcinomas (carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide) com incidência mais alta, porém menor gravidade, e os melanomas que, apesar de menos frequentes, são mais graves por causa do risco de metástases aumentado.

Pessoas com história familiar da doença, de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, albinas, as que se expõem ao sol e a agentes químicos excessivamente e têm muitas pintas constituem a população de maior risco para desenvolver a doença.

Um pinta sem suspeita de malignidade é geralmente marrom ou preta, de coloração uniforme, chata ou levemente elevada em relação ao restante da pele. Pode ser redonda ou oval e costumam ser menores que a borracha da extremidade de um lápis. Elas podem estar na pele já no nascimento ou aparecer depois e são “estáveis”, mantêm tamanho, forma e cor por muitos anos – elas podem clarear nas pessoas idosas.


Aparelhos chamados dermatoscópios, existentes nos consultórios, podem dizer a diferença entre pintas suspeitas ou não, mas existem algumas características que caracterizam as pintas preocupantes. E podem ser classificadas em uma regra chamada ABCD:


http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngAssimétricas: a metade da pinta não “casa” com a outra metade
Bordas irregulares: elas são dentadas, chanfradas, com sulcos
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngCor: a coloração não é a mesma em toda pinta, há diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, azul, vermelho ou branco.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngDiâmetro: a pinta tem mais de 0,5 cm (embora médicos diagnostiquem melanomas bem menores)
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngAlguns melanomas fogem dessa descrição e o melhor é procurar um especialista se você suspeitar de algo diferente.
Em caso de suspeita de melanoma, seu médico irá perguntar quando a mudança em sua pele surgiu, se ela aumentou de tamanho ou mudou de aparência, se alguém mais em sua família teve câncer de pele e sobre a sua exposição aos fatores de risco.
O especialista deverá também observar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama. Ele vai checar se há outras manchas e pintas suspeitas e verificar se há inchaço dos linfonodos (gânglios linfáticos), do pescoço, axilas, virilha, que pode indicar que o melanoma se espalhou.
A confirmação ou não do diagnóstico de câncer de pele é feito através de uma biópsia, a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microscópio. Existem vários tipos de biópsia, sempre feitas com anestesia e a opção vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo.
Nos casos de suspeita de melanoma, os especialistas geralmente removem todo tumor durante a biópsia, método chamado biópsia excisional ou biópsia de excisão.
Em alguns casos raros, o melanoma se espalha (metástase) para linfonodos (gânglios linfáticos), pulmões, cérebro ou outros órgãos enquanto a lesão na pele ainda é muito pequena. Quando isso ocorre, o melanoma metastático pode ser confundido com um câncer que teve início nesses órgãos. Por exemplo, descobre-se um câncer que parece ser de pulmão, mas que na verdade é um melanoma que atingiu o pulmão. Nesses casos, as amostras da biópsia são examinadas para ver se trata de melanoma, porque diferentes tipos de câncer exigem diferentes tratamentos.

Como evitar a doença:

http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngFiltro solar e chapéu são as melhores armas para prevenir o câncer de pele. O ideal é evitar o sol, mas, caso vá se expor, que seja antes das 10 horas, ou à tarde, depois das 16 horas, sempre usando filtro solar (fator 15, no mínimo), chapéu e óculos escuros. Use também um protetor labial.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngO cuidado deve ser redobrado com as crianças, porque a exposição exagerada ao sol nos primeiros 20 anos de vida é decisiva para o aparecimento de câncer de pele na meia-idade.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngUso de filtro solar não vale apenas para a praia, ele deve ser usado no dia-a-dia também, principalmente em áreas do corpo expostas durante passeios, caminhadas, ao fazer exercícios ou em compras ao ar livre.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngA recomendação vale também para aqueles dias de mormaço ou nublados.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngUse óculos escuros – com lentes de boa qualidade. Eles ajudam a proteger a pele delicada da região dos olhos.



Referências:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-pele
http://www.hcancerbarretos.com.br/cancer-de-pele
http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-pele/

terça-feira, 11 de novembro de 2014

7 - Câncer de colo de útero


O câncer de colo de útero, também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano -  HPV. A infecção genital por este vírus é muito freqüente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer, Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a  realização periódica deste exame.

É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada.

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV. São eles: os carcinomas epidemoides (80% dos casos) e os adenocarcinomas (20% dos casos).

A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das verrugas genitais, representa o fator de maior risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de subtipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao câncer de colo uterino. São classificados como de alto risco os subtipos 16, 18, 45, 56; de baixo risco, os subtipos 6,11,41,42 e 44 e de risco intermediário, os subtipos  31, 33, 35, 51 e 52.
Podem ser citados, ainda, como fatores de risco:
1) início precoce da atividade sexual;
2) múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua;
3) baixa da imunidade;
4) cigarro;
5) más condições de higiene.
Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: 1) sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa; 2) corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro. Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem aparecer. Entre eles, vale destacar: 1) massa palpável no colo de útero; 2) hemorragias; 3) obstrução das vias urinárias e intestinos; 4) dores lombares e abdominais; 5) perda de apetite e de peso.
A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática da enfermidade, o rastreamentorealizado por meio do Papanicolaou permite detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo HPV ou a existência de lesões pré-malignas.
O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da biópsia. Nos casos em que há sinais de malignidade, além de identificar o subtipo do vírus infectante, é preciso definir o tamanho do tumor, se está situado somente no colo uterino ou já invadiu outros órgãos e tecidos (presença de metástases). Alguns exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, RX de tórax) representam recursos importantes nesse sentido.
A prevenção do câncer de colo de útero está diretamente associada ao esclarecimento e avanço educacional da população a respeito dos fatores de risco e de como evitá-los.  Dada a importância do diagnóstico precoce, as mulheres precisam ser permanentemente orientadas sobre a necessidade de consultar o ginecologista e fazer o exame de Papanicolaou nas datas previstas, como forma de identificar possíveis lesões ainda na fase de pré-malignidade. No entanto, a vacinação das meninas  nos primeiros anos de vida contra o HPV continua sendo medida preventiva bastante eficaz, apesar de não proteger contra todos os subtipos do vírus.
Existem duas marcas de vacinas aprovadas para prevenir a infecção por determinados subtipos do HPV, alguns deles responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo uterino.
A vacinação é recomendada para meninas ainda na infância, em três doses, antes do início da atividade sexual.  No entanto, como ainda não há vacinas contra todos os subtipos do vírus, que são muitos, mulheres já vacinadas devem continuar fazendo o exame preventivo de rastreamento, o Papanicolaou, que é oferecido também pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

6 - Leucemia



Leucemias são doenças malignas que acometem os leucócitos, os glóbulos brancos do sangue presentes nos gânglios linfáticos e na corrente sanguínea. Assim como os glóbulos vermelhos (cuja função é transportar oxigênio para órgãos e tecidos) e as plaquetas (células responsáveis pela coagulação), os leucócitos são fabricados dentro da medula óssea a partir de uma célula-tronco e são responsáveis por grande parte do nosso sistema imunológico. Nas leucemias, além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue e elas caem na corrente sanguínea antes de estarem preparadas para exercer suas funções.

Não se conhece a causa da maioria das leucemias, que podem ser classificadas de acordo com a evolução e o tipo de defeito dos glóbulos brancos:

Quanto à evolução:

a) Leucemia aguda – quando as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma enfermidade agressiva;

b) Leucemia crônica – quando a transformação maligna ocorre em
células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir
mais lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer.

Quanto aos glóbulos brancos afetados:

a) Leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica – afeta as células linfoides; é mais frequente em crianças;

b) Leucemia mieloide ou mieloblástica – afeta as células mieloides; é mais comum em adultos.

Os primeiros sinais geralmente aparecem quando a medula óssea deixa de produzir células sanguíneas normais. Anemia, fraqueza, cansaço, sangramentos nasais e nas gengivas, manchas roxas e vermelhas na pele, gânglios inchados, febre, sudorese noturna, infecções, dores nos ossos e nas articulações são sintomas característicos das leucemias agudas. As leucemias crônicas de evolução lenta podem ser completamente assintomáticas.


As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela redução dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo). Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas (trombocitopenia). Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações. Elas são causadas pela infiltração das células leucêmicas nos ossos.Dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do SNC.

Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento é feito em várias fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento quando os exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula óssea e o exame físico não demonstram mais anormalidades.

Referências:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/leucemia
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/leucemia/

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

5 - Câncer de Pulmão

Já vimos como funcionam os cânceres em nível molecular. Daremos início hoje a uma série de publicações sobre cânceres específicos, tentando abordar suas sintomatologia, tratamento e alguns casos clínicos. Hoje falaremos sobre câncer de pulmão. Na sequência teremos postagens sobre leucemia, câncer de colo de útero, pele, próstata e finalizaremos falando sobre o câncer de mama. Boa leitura a todos.


Câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer, tanto em homens quanto em mulheres, nos Estados Unidos, sendo responsável por 28% de todas as mortes por câncer, em cada ano. No Brasil ele também assume essa dianteira.

O estudo epidemiológico do câncer de pulmão nos EUA detalhou:
1 - Idade e Sexo
A incidência idade-específica no homem foi máxima na idade de 75 a 79 anos e nas mulheres na idade de 70 a 74.
2 - Raça
O risco de câncer em homens negros é 50% maior que em homens brancos. Enquanto que o risco para mulheres negras é de 10 a 20% maior que em mulheres brancas.
3- "Status" sócio-econômico
Vários estudos demonstram associação inversa entre mortalidade e status sócio-econômico

Os fatores de risco são:
1 - Fumantes ativos
2 - Fumantes passivos
3 - Pessoas expostas a Randônio
4 - Trabalhadores expostos a substâncias carcinogêncas
5 - Pessoas com pré-disposição genética

Como mais de 85% dos pacientes com câncer de pulmão morrem nos primeiros cinco anos pós-diagnóstico, a importância do diagnóstico precoce, em estágio inicial, principalmente no estágio I, onde a sobrevivência é de 60 a 90% com o tratamento cirúrgico, deve ser realçada. A presença de sintomas é sinal de mal prognóstico.

O tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Geralmente, demanda a combinação de cirurgia com quimioterapia ou radioterapia. Em alguns casos, pode ser utilizada a fototerapia dinâmica a laser, que consiste em injetar medicações que posteriormente serão ativadas com laser.

Referências:
http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/7673/0
http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/cancer-de-pulmao/

terça-feira, 21 de outubro de 2014

4 - Oncogenes

Um oncogene é um gene que, quando mutado ou expresso em níveis anormalmente elevados, contribui para a conversão de uma célula normal numa célula cancerosa. As células cancerosas são células que estão envolvidas na mitose descontrolada.

Os sinais para a mitose normal:
- As células normais de crescimento em cultura não vão dividir a menos que elas sejam estimuladas por um ou mais fatores de crescimento presentes no meio de cultura. 
Exemplo: Fator de Crescimento Epidérmico (EGF).
- O fator de crescimento se liga ao seu receptor, uma proteína de membrana integral incorporada na membrana plasmática com o seu local de ligação ao ligante exposto na superfície da célula.
Exemplos: 
O Fator de Crescimento Epidérmico Receptor (EGFR). O gene que a codifica, EGFR, é também conhecido como HER1. 
Outro receptor de factor de crescimento é codificada pelo gene ERBB2 (também conhecido como HER2.)
- A ligação de um fator de crescimento ao seu receptor desencadeia uma cascata de eventos de sinalização no interior do citosol. Muitos destes envolvem 
   - Quinases - enzimas que ligam grupos fosfato a outras proteínas. Exemplos: As proteínas codificadas por SRC, RAF, ABL, e a proteína de fusão codificada pelo BCR / ABL encontrados na leucemia mielóide crónica (LMC). 
   - Ou moléculas que se ligam quinases. Exemplo: RAS. Moléculas RAS residem na superfície interna da membrana do plasma onde eles servem de ligação para activação do receptor quinase "a jusante" como RAF.
- Na maioria dos casos, a fosforilação ativa a proteína e, eventualmente, transfere o sinal para o núcleo.
- Aqui fosforilação ativa fatores de transcrição que se ligam a promotores e potenciadores de DNA, transformando em seus genes associados.
- Alguns dos genes ligados por estes factores de transcrição codificam outros factores de transcrição.
Exemplo: myc.

REFERÊNCIAS:
Bioquímica médica básica de Marks / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michel Lieberman ; tradução Ângela de Mattos Dutra ... [et al.] – 2.ed. – Porto Alegre : Artmed, 2007.