terça-feira, 4 de novembro de 2014

6 - Leucemia



Leucemias são doenças malignas que acometem os leucócitos, os glóbulos brancos do sangue presentes nos gânglios linfáticos e na corrente sanguínea. Assim como os glóbulos vermelhos (cuja função é transportar oxigênio para órgãos e tecidos) e as plaquetas (células responsáveis pela coagulação), os leucócitos são fabricados dentro da medula óssea a partir de uma célula-tronco e são responsáveis por grande parte do nosso sistema imunológico. Nas leucemias, além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue e elas caem na corrente sanguínea antes de estarem preparadas para exercer suas funções.

Não se conhece a causa da maioria das leucemias, que podem ser classificadas de acordo com a evolução e o tipo de defeito dos glóbulos brancos:

Quanto à evolução:

a) Leucemia aguda – quando as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma enfermidade agressiva;

b) Leucemia crônica – quando a transformação maligna ocorre em
células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir
mais lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer.

Quanto aos glóbulos brancos afetados:

a) Leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica – afeta as células linfoides; é mais frequente em crianças;

b) Leucemia mieloide ou mieloblástica – afeta as células mieloides; é mais comum em adultos.

Os primeiros sinais geralmente aparecem quando a medula óssea deixa de produzir células sanguíneas normais. Anemia, fraqueza, cansaço, sangramentos nasais e nas gengivas, manchas roxas e vermelhas na pele, gânglios inchados, febre, sudorese noturna, infecções, dores nos ossos e nas articulações são sintomas característicos das leucemias agudas. As leucemias crônicas de evolução lenta podem ser completamente assintomáticas.


As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. A fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar ao óbito são causadas pela redução dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo). Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas (trombocitopenia). Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações. Elas são causadas pela infiltração das células leucêmicas nos ossos.Dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são causados pelo comprometimento do SNC.

Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento é feito em várias fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento quando os exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula óssea e o exame físico não demonstram mais anormalidades.

Referências:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/leucemia
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/leucemia/

8 comentários:

  1. Existem diversas formas para tratar leucemia: quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e transplante de células estaminais.
    A quimioterapia é o método mais utilizado e consiste na utilização de fármacos, para matar as células cancerígenas. Dependendo do tipo de leucemia.
    A imunoterapia melhora as defesas do organismo para que ele possa responder às células cancerígenas
    A radioterapia consiste na aplicação de radiação para órgãos linfoides, mas pode ser direcionada a todo o corpo. A radiação tende a matar as células cancerígenas, que são mais frágeis, em geral.
    O transplante de células estaminais permite que a radioterapia e quimioterapia possam ser exercidas de modo mais intenso, ao ajudar na recuperação de células saudáveis perdidas no processo
    FONTE:
    http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/tipos/leucemia/leucemia-metodos-de-tratamento/

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  2. A leucemia tem diversas formas de diagnósticos. Primeiramente, deve ser feito um exame físico, buscando verificar alterações dos gânglios linfáticos, dos gânglios do baço e dos gânglios do fígado. Podem ainda ser feitas análises sanguíneas: o laboratório faz a contagem de células do sangue. A leucemia provoca um enorme aumento dos glóbulos brancos, ou diminuição dos mesmos, além de níveis baixos de plaquetas e hemoglobina. É possivel ainda verificar, através de um exame sanguíneo, se a leucemia já acometeu o fígado e os rins. É possível ainda fazer uma biópsia, através da qual o médico retira uma porção de medula óssea, do osso da bacia; a amostra é então analisada ao microscópio para verificação da existência de células cancerígenas. A biópsia é o único método seguro de saber se as células tumorais se encontram na medula óssea. Existem ainda outros exames como citogenético, punção lombar e radiografia ao tórax.
    Referência: http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/tipos/leucemia/leucemia-diagnostico/

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  3. Chama a atenção que a Leucemia Mieloide Aguda do adulto no Brasil é menos prevalente que a descrita na Europa e nos USA. Entretanto, como a incidência desta doença aumenta com a idade, esta menor incidência poderia ser explicada pela menor expectativa de vida do brasileiro quando comparada à destas outras populações. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, é necessário que haja um conjunto de melhorias no sistema de saúde direcionado a isso, o que envolve diagnóstico precoce nas unidades de atenção primária e secundária de Saúde, facilidade de encaminhamento ágil para uma unidade referencial para um tratamento segundo o estado da doença (Estes dois pontos são responsabilidade do Sistema de Saúde e os esforços deveriam ser implementados para a consecução destes objetivos). Outro fator é a diminuição da mortalidade relacionada ao tratamento (isso envolve melhor treinamento da equipe e viabilidade ao acesso a medicamentos e tratamento de suporte, o que é, de certa forma, dificultado pelo preço de medicamentos). Além disso, é necessário implementação de um tratamento pós-consolidação para evitar as recaídas. Esse conjunto de fatores pode melhorar bastante o tratamento de leucemia mieloide aguda, sendo fator determinante na redução dos índices que podem se elevar mais nos próximos anos.
    Fonte:
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000100001&lang=pt

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  4. Assim como temos uma classificação para cada tipo de leucemia( linfoide aguda, linfoide crônica, mieloide aguda, mieloide crônica), existem tratamentos específicos para cada caso. Nas leucemias agudas, inicialmente o paciente faz quimioterapia; depois, se necessário, indica-se o transplante de medula óssea. Já na leucemia linfoide crônica, esta que costuma aparecer mais em idosos, normalmente, não precisa ser tratada por ser assintomática; ou é tratada com quimioterapia ou imunoterapia, se houver sintomas ou aumento muito grande da quantidade dos glóbulos brancos. Por fim, na leucemia mieloide crônica, quw foi o primeiro tipo em que a ciência determinou que um fator genético não hereditário como o causador da doença, é tratada por uma medicação chamada de terapia-alvo: a pessoa toma um comprimido por dia que age diretamente no alvo, corrigindo o defeito genético.
    Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/leucemia-para-cada-tipo-um-tratamento.aspx

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  5. O hemograma é o exame indicado para avaliar as condições em que se encontram as várias séries do sangue.Havendo alterações indicativas da doença, o mielograma permite a análise direta do local afetado para identificar o tipo de célula anormal que impede a fabricação dos outros elementos do sangue. A biópsia da medula óssea é o exame definitivo para a confirmação do diagnóstico. Como dito na postagem, após duas fases de tratamento agressivo em que tenta-se destruir os blastos sensíveis à quimioterapia, o próximo passo é o transplante de medula. É então que o paciente depara-se com um problema dos Centros Hemoterápicos Brasileiros: o transplante de medula.
    Fonte: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/leucemia/

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  6. O câncer na infância é um evento relativamente incomum, ocorrendo em aproximadamente uma a cada sete mil crianças, de zero a quatorze anos de idade por ano nos Estados Unidos. Entretanto, óbito por neoplasia permanece como a principal causa de mortalidade relacionada às doenças, na faixa etária de um a quatorze anos. As reais causas de leucemia realmente ainda são obscuras, porém alguns fatores ambientais predispõem o aparecimento da doença: agentes físicos (radiação ionizante), químicos (uso materno de Canabbis, exposição parental a pesticidas e derivados de benzeno) e biológicos (vírus Epstein Barr e HTLV-I). Essas imunodeficiências, primárias ou adquiridas, estão envolvidas no aparecimento de alguns casos da doença. Além disso existe o fator genético: A origem biológica dos tumores da infância é clínica, histológica e biologicamente distinta das doenças neoplásicas de adultos. Neoplasias pediátricas apresentam uma tendência agressiva com crescimento rápido, invasivo e raramente são associados à exposição a agentes carcinogênicos (destruição das mudanças metabólicas). Várias anormalidades cromossômicas estão associadas às leucemias agudas. Crianças com Síndrome de Down apresentam risco dez á vinte vezes maior, de desenvolver leucemia do que crianças normais. Outras síndromes genéticas associadas à ocorrência de LLA incluem a Síndrome de Bloom, anemia de Fanconi, Ataxia Telangectasia e Síndrome de Klinefelter.
    Fonte: http://www.hcancerbarretos.com.br/leucemia

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  7. É importante percebermos também que o transplante de medula para tratamento da leucemia vem desenvolvendo curas alternativas para outras doenças também, como a diabetes tipo 1 e a aids. O primeiro caso foi resultado de pesquisas de uma equipe da Universidade de Harvard que usou células-tronco para produzir centenas de milhares de células beta do pâncreas em laboratório.Testes em ratos mostraram que elas podem tratar a doença, procedimento que especialistas descreveram como "potencialmente um grande avanço médico". No caso da AIDS, dois pacientes portadores do HIV passaram por transplante se medula óssea pra tratar de um lindo má e nove meses depois não apresentavam mais vírus HIV na circulação, porém especialistas dizem que isso não pode ser considerado como uma cura para o HIV.

    Fontes: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/07/transplante-de-medula-ossea-livra-pacientes-do-virus-hiv-diz-estudo.htmlhttp://www.sbtmo.org.br/noticia.php?id=319

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  8. Os tipos de cânceres que se desenvolvem em crianças são diferentes dos tipos que se desenvolvem em adultos. Há exceções, mas cânceres infantis tendem a responder melhor a quimioterapia e as crianças também tendem a tolerar melhor esse tratamento. Entretanto, o recebimento da quimioterapia na fase infantil pode resultar em alguns efeitos colaterais em longo prazo e, por isso, as crianças que sobrevivem ao câncer precisam de atenção cuidadosa para o resto de suas vidas.

    A maioria das crianças e adolescentes com câncer é tratada em centros especializados, que lhes oferecem a vantagem de uma equipe de especialistas que conhecem as diferenças entre os tipos de câncer, bem como as necessidades específicas deste público. Esta equipe geralmente inclui oncologistas pediátricos, patologistas, cirurgiões, radioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores que podem apoiar e educar toda a família.
    Fonte: http://www.abrale.org.br/pagina/leucemia-em-crianca

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