terça-feira, 21 de outubro de 2014

4 - Oncogenes

Um oncogene é um gene que, quando mutado ou expresso em níveis anormalmente elevados, contribui para a conversão de uma célula normal numa célula cancerosa. As células cancerosas são células que estão envolvidas na mitose descontrolada.

Os sinais para a mitose normal:
- As células normais de crescimento em cultura não vão dividir a menos que elas sejam estimuladas por um ou mais fatores de crescimento presentes no meio de cultura. 
Exemplo: Fator de Crescimento Epidérmico (EGF).
- O fator de crescimento se liga ao seu receptor, uma proteína de membrana integral incorporada na membrana plasmática com o seu local de ligação ao ligante exposto na superfície da célula.
Exemplos: 
O Fator de Crescimento Epidérmico Receptor (EGFR). O gene que a codifica, EGFR, é também conhecido como HER1. 
Outro receptor de factor de crescimento é codificada pelo gene ERBB2 (também conhecido como HER2.)
- A ligação de um fator de crescimento ao seu receptor desencadeia uma cascata de eventos de sinalização no interior do citosol. Muitos destes envolvem 
   - Quinases - enzimas que ligam grupos fosfato a outras proteínas. Exemplos: As proteínas codificadas por SRC, RAF, ABL, e a proteína de fusão codificada pelo BCR / ABL encontrados na leucemia mielóide crónica (LMC). 
   - Ou moléculas que se ligam quinases. Exemplo: RAS. Moléculas RAS residem na superfície interna da membrana do plasma onde eles servem de ligação para activação do receptor quinase "a jusante" como RAF.
- Na maioria dos casos, a fosforilação ativa a proteína e, eventualmente, transfere o sinal para o núcleo.
- Aqui fosforilação ativa fatores de transcrição que se ligam a promotores e potenciadores de DNA, transformando em seus genes associados.
- Alguns dos genes ligados por estes factores de transcrição codificam outros factores de transcrição.
Exemplo: myc.

REFERÊNCIAS:
Bioquímica médica básica de Marks / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michel Lieberman ; tradução Ângela de Mattos Dutra ... [et al.] – 2.ed. – Porto Alegre : Artmed, 2007.

8 comentários:

  1. Os oncogenes codificam proteínas que promovem a multiplicação desordenada das células, que se convertem em malignas. Foram descobertos pelo estudo de tumores malignos produzidos por vírus com genoma de RNA. Esses vírus contem a enzima transcriptase reversa, que copia seu RNA em filamentos duplos de DNA, o qual é incorporado aogenoma da célula hospedeira. Contudo, logo foi descoberto que esses genes de rNA transportados pelos vírus, na realidade, são cópias, muitas vezes defeituosas, de genes (DNA) celulares, que se incorporaram ao genoma (RNA) viral em infecções anteriores. Mas mesmo sendo precursores do câncer, esses genes em condições normais são gentes que participam do controle da proliferação celular para constituir os tecidos normais do organismo.

    Fonte: Junqueira e Carneiro - Biologia Celular e Molecular (9ª ed.)

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  2. Da mesma forma que uma super-atividade dos oncogenes pode estimular a formação de um tumor, existe a possibilidade da falta de atividade dos genes supressores de tumor. A função normal destes genes está em prevenir que as células se multipliquem descontroladamente. As células do nosso corpo são reguladas de tal forma que haja um balanço entre os genes que induzem o crescimento celular e os genes que bloqueiam tal crescimento. Durante nossa vida muitas células podem entrar em processo de descontrole a partir da ativação de um proto-oncogene (que se torna um oncogene) que não pode ser impedido pela ação de um gene supressor de tumor. Nestes casos há descontrole celular, podendo haver formação de tumor. Em outros casos não há ativação de proto-oncogenes, mas sim mutações nos genes supressores de tumor que não conseguem realizar a tarefa de regular o crescimento. Nestes casos também pode haver formação de tumor. Fonte: http://www.odnavaiaescola.com.br/cancer2.html

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  3. Na verdade, há dois tipos de genes potenciais causadores de câncer quando mutados, ao passo que provocam ou permitem crescimento celular sem controle. Um dos tipos são os proto-oncogene, ou genes promotores de crescimento, cuja atividade normal na célula está relacionada ao crescimento celular. A maioria das células de nosso organismo cresce e se divide ( por mitose), como dito na postagem, durante toda nossa vida, isso só é possível graças aos proto-oncogenes. No entanto, é esse proto-oncogene mutado que gera o oncogene, tratado na postagem, que é um gerador de câncer em potencial. O outro tipo são os genes supressores de tumor, descritos pelo João Guilherme. Considerando a formação de um oncogene, duas hipóteses podem ocorrer: ou o produto proteico de um proto-oncogene continua ativo e em funcionamento, a exemplo do que ocorre em uma mutação silenciosa, na qual a troca da base azotada permite manter o mesmo aminoácido, não desencadeando câncer; ou a mutação confere características cancerosas às proteínas que antes regulavam a divisão celular. O produto proteico do que era um proto-oncogene passa a apresentar acção deficiente ou fica inativado. Nesse caso, há a manifestação do câncer.
    Referências: http://www.odnavaiaescola.com.br/cancer2.html
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Oncogene

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  4. Ao debater sobre a questão da oncogêncese, percebemos um problema ligado à um gene, assim como a publicação demonstrou. No entanto, também temos a chamada oncogênese física.Tal fenômeno costuma acotecer por causa de uma radiação que é capaz de produzir mutações pelo efeito direto ou através da produção de radicais livres, efeito indireto. Entre os tipos, temos as causadas pelos raios ultravioletas, sendo a energia solar e ionizante o mais importante carcinogênico físico, e as radiações ionizantes.

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    1. FOnte: http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/33193/oncogenese-fisica

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  5. Importante acrescentar que os oncogenes estão associado à formação geral de tumores, tanto benignos quanto malignos. Existe uma gama de vias nas quais os oncogenes podem ser ativados de forma anormal para fomentar o crescimento tumoral. A faixa genômica na qual os genes estão contidos pode ser amplificada, levando ao aumento drástico da quantidade de cópias. Um exemplo, é que o oncogene N-MYC pode ser amplificado em até 100 vezes nos neuroblastomas humanos. Os oncogenes podem sofrer mutações que resultam na ativação constitutiva do gene. Nessas situações, o gene está sempre “ligado”, passando a ser não-responsivo aos sinais inibitório( para receptores de superfície celular).
    Fonte: http://www.infoescola.com/genetica/oncogenes/

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  6. É inegável que as pesquisas com oncogenes tem trazido novas formas de elucidação e interpretação dos ciclos de células tumorais, o que leva a novos horizontes sobre o tratamento e, possivelmente, a cura desses processos patológicos. Entretanto, mesmo com essas possibilidades promissoras, a melhor e mais eficiente medida é a detecção precoce do tumor, ainda quando as células acumularam menos mutações e são passíveis de serem erradicadas. A dificuldade em desenvolver pesquisas como essas, o que envolve tempo, recursos financeiros, estímulos e outros fatores. Um detalhe importante sobre oncogenes é que uma mutação em um dos alelos do oncogene em uma célula (no caso de células diploides) já é suficiente para desencadear o processo neoplásico, o que justifica assim seu alto potencial para formação de tumores.
    Fontes: http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/800/gen-tica-e-c-ncer.html

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  7. Alguns oncogenes codificam receptores de superfície com sítios de ligação ao sinal defeituosos ou ausentes, de modo que a atividade da tirosina quinase seja desregulada. Por exemplo, a proteína ErbB é essencialmente idêntica ao receptor normal para o fator de crescimento epidérmico (EGF), exceto pelo fato de que ErbB não possui o domínio aminoterminal que normal­mente se liga ao EGF e conseqüentemente envia o sinal para se dividir, estando o EGF presente ou não. Uma va­riante do Erb, o produto do oncogene erbB2 , é comumente associada com os cânceres do epitélio glandular na mama, estômago e ovário.
    fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANY0AK/biologia-cancer

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