terça-feira, 11 de novembro de 2014

7 - Câncer de colo de útero


O câncer de colo de útero, também chamado de cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano -  HPV. A infecção genital por este vírus é muito freqüente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer, Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a  realização periódica deste exame.

É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada.

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV. São eles: os carcinomas epidemoides (80% dos casos) e os adenocarcinomas (20% dos casos).

A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das verrugas genitais, representa o fator de maior risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de subtipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao câncer de colo uterino. São classificados como de alto risco os subtipos 16, 18, 45, 56; de baixo risco, os subtipos 6,11,41,42 e 44 e de risco intermediário, os subtipos  31, 33, 35, 51 e 52.
Podem ser citados, ainda, como fatores de risco:
1) início precoce da atividade sexual;
2) múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua;
3) baixa da imunidade;
4) cigarro;
5) más condições de higiene.
Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: 1) sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa; 2) corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro. Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem aparecer. Entre eles, vale destacar: 1) massa palpável no colo de útero; 2) hemorragias; 3) obstrução das vias urinárias e intestinos; 4) dores lombares e abdominais; 5) perda de apetite e de peso.
A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática da enfermidade, o rastreamentorealizado por meio do Papanicolaou permite detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo HPV ou a existência de lesões pré-malignas.
O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da biópsia. Nos casos em que há sinais de malignidade, além de identificar o subtipo do vírus infectante, é preciso definir o tamanho do tumor, se está situado somente no colo uterino ou já invadiu outros órgãos e tecidos (presença de metástases). Alguns exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, RX de tórax) representam recursos importantes nesse sentido.
A prevenção do câncer de colo de útero está diretamente associada ao esclarecimento e avanço educacional da população a respeito dos fatores de risco e de como evitá-los.  Dada a importância do diagnóstico precoce, as mulheres precisam ser permanentemente orientadas sobre a necessidade de consultar o ginecologista e fazer o exame de Papanicolaou nas datas previstas, como forma de identificar possíveis lesões ainda na fase de pré-malignidade. No entanto, a vacinação das meninas  nos primeiros anos de vida contra o HPV continua sendo medida preventiva bastante eficaz, apesar de não proteger contra todos os subtipos do vírus.
Existem duas marcas de vacinas aprovadas para prevenir a infecção por determinados subtipos do HPV, alguns deles responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo uterino.
A vacinação é recomendada para meninas ainda na infância, em três doses, antes do início da atividade sexual.  No entanto, como ainda não há vacinas contra todos os subtipos do vírus, que são muitos, mulheres já vacinadas devem continuar fazendo o exame preventivo de rastreamento, o Papanicolaou, que é oferecido também pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde.

8 comentários:

  1. É importante destacar que não existe idade mínima para a vacinação das meninas contra o HPV, embora a vacina seja comumente administrada após os 9 anos de idade. Também deve-se atentar para o fato de que o uso do preservativo diminui bastante a chance de contaminação por HPV, além de outras doenças sexualmente transmissíveis, sendo seu uso altamente recomendado. Além disso, a postagem sinalizou de forma correta que o exame de Papanicolau realizado periodicamente representa uma estratégia de rastreamento do câncer de colo uterino que pode salvar vidas.
    Fonte: http://drauziovarella.com.br/mulher-2/cancer-de-colo-de-utero/

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  2. A importância que tem tomado o câncer de colo de útero no Brasil levou a várias pesquisas de cunho técnico e social que mostram que a não realização do exame citológico no Brasil associa-se à baixa escolaridade, ao baixo nível socioeconômico, à baixa renda familiar, à vivência sem companheiro, à cor parda, ao uso de contraceptivo oral, à ausência de problemas ginecológicos, à vergonha ou ao medo em relação ao exame, à dificuldade de acesso à assistência médica e à ausência de solicitação médica. Dessa forma percebe-se que os altos índices são bastante ligados a vários problemas e características sociais do Brasil. Tais índices apenas diminuirão a níveis seguros se tais questões estruturais e sociais (que possuem campo de ação bem maior do que apenas o câncer de colo de útero) forem pelo menos amenizadas. Para melhor trabalhar os problemas de ordem estrutural , o eficiente controle do câncer do colo uterino está diretamente relacionado com a qualidade do sistema de saúde, que além de identificar as mulheres que precisam fazer controles, deveria oferecer: qualidade para garantir diagnóstico correto e realizar tratamento preciso, acesso fácil e ágil aos serviços, flexibilidade para marcar e remarcar consultas e rapidez no atendimento.
    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032008000500001&lang=pt

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  3. O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade pela doença. O exame é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.
    Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.
    fonte:http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce

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  4. Como dito na postagem, foram fabricadas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero: a bivalente e a quadrivalente. A quadrivalente protege contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, associados a 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A vacina bivalente protege contra os subtipos de HPV 16 e 18. Essas vacinas agem estimulando a síntese de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção é dependente do número de anticorpos produzidos pelo organismo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. A duração da imunidade garantida pela vacina do HPV é indefinida, por conta, principalmente, do pouco tempo de comercialização no mundo, desde 2007. Portanto, até agora, só se tem asseguram cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.
    Referência: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hpv

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  5. Como falado na postagem, o câncer de colo de útero está diretamente relacionado com a infecção por HPV. O que muitos não sabem é que essa relação é realmente infinitamente grande, pois hoje já é comprovado que para desenvolver o câncer de colo do útero a mulher tem que ter adquirido o HPV antes, funcionando como um pré-requisito para o câncer. Vários estudos mostram que em 100% das mulheres que possuem câncer de colo de útero há infecção por HPV anterior ao desenvolvimento do tumor. Nesse sentido, há estudos mostrando os diversos meios pelos quais o HPV acaba provocando o carcinoma cervical, como fatores imunológicos, resposta imune local e humoral, polimorfismo da proteína p53, dentre outros problemas decorrentes da ação do vírus, que resultam no carcinoma.

    Fonte:
    http://www.scielo.br/pdf/ramb/v48n1/a33v48n1

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  6. É importante saber que , além do câncer de colo de útero, o HPV também é responsável por muitos casos de câncer de garganta. A principal forma de contaminação pelo vírus na cavidade orofaríngea é pela prática de sexo oral, normalmente a modalidade sexual a qual as pessoas menos atentam para proteção.
    FONTE:http://consumer.healthday.com/cancer-information-5/mis-cancer-news-102/throat-cancer-linked-to-hpv-may-have-telltale-first-symptoms-686015.html?related=true&utm_expid=38353063-2.r5ETjFV6SrG5_xobVbsyDw.1&utm_referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2F

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  7. Em relação ao tratamento do câncer de colo de útero, é importante saber que o tratamento pode levar a remoção ou destruição do câncer, mas é um caminho estressante, além de que sempre há uma preocupação com a revalida da situação. Há também, casos em que a mulher não irá conseguir livrar-se da doença, sendo necessárias sessões regulares de quimioterapia, radioterapia e outras para manter a doença sobre controle. é muito importante comparecer a todas as consultas de acompanhamento. Há a necessidade de consultas com o médico no acompanhamento da situação, nestas consultas o médico deve sempre examinar e conversar com a paciente sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, pode também pedir alguns exames de laboratório ou de imagens para acompanhamento e reestadiamento da doença.
    Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/vivendo-com-o-cancer/769/128/

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  8. Recentemente foi aprovada a comercialização no Brasil de duas vacinas usadas na prevenção das infecções pelo HPV (Gardasil® e Cervarix®). Elas protegem o indivíduo contra dois ou quatro subtipos do vírus: o 6 e o 11 (presentes em 90% dos casos de verrugas genitais) e o 16 e 18 (de alto risco para o câncer do colo o útero, presentes em 90% dos casos de câncer de colo uterino). Estão indicadas sua administração em homens e mulheres entre 9 e 25 anos. É importante enfatizar que as vacinas não protegem contra todos os subtipos do HPV. Sendo assim, o exame preventivo deve continuar a ser feito mesmo em mulheres vacinadas. Quanto à vacinação dos homens, nossa sociedade machista ainda tem muito que evoluir na questão do preconceito, que ainda é um problema que contribui negativamente no combate ao HPV. Quanto aos fatores de riscos, é importante lembrar que o uso de anticoncepcionais também está relacionado a maior chance de desenvolver o câncer de colo de útero.
    Fonte: http://www.oncomedbh.com.br/site/?menu=Tipos%20de%20C%E2ncer&submenu=C%E2ncer%20de%20Colo%20Uterino

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