terça-feira, 18 de novembro de 2014

8 - Câncer de pele


A pele, o maior órgão do corpo humano, é composta por duas camadas: a epiderme, na parte externa, e a derme, na parte interna. Além de regular a temperatura do corpo, ela serve de proteção contra agentes externos, como luz do sol e calor, contra agentes infecciosos e agentes químicos (ingestão de arsênico, exposição a raios-X e rádio).

Os cânceres de pele são muito comuns no Brasil (25% dos tumores malignos diagnosticados), e a maioria ocorre por causa do excesso de exposição aos raios ultravioleta do sol.
Eles podem ser de vários tipos. Os mais comuns são os carcinomas (carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide) com incidência mais alta, porém menor gravidade, e os melanomas que, apesar de menos frequentes, são mais graves por causa do risco de metástases aumentado.

Pessoas com história familiar da doença, de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, albinas, as que se expõem ao sol e a agentes químicos excessivamente e têm muitas pintas constituem a população de maior risco para desenvolver a doença.

Um pinta sem suspeita de malignidade é geralmente marrom ou preta, de coloração uniforme, chata ou levemente elevada em relação ao restante da pele. Pode ser redonda ou oval e costumam ser menores que a borracha da extremidade de um lápis. Elas podem estar na pele já no nascimento ou aparecer depois e são “estáveis”, mantêm tamanho, forma e cor por muitos anos – elas podem clarear nas pessoas idosas.


Aparelhos chamados dermatoscópios, existentes nos consultórios, podem dizer a diferença entre pintas suspeitas ou não, mas existem algumas características que caracterizam as pintas preocupantes. E podem ser classificadas em uma regra chamada ABCD:


http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngAssimétricas: a metade da pinta não “casa” com a outra metade
Bordas irregulares: elas são dentadas, chanfradas, com sulcos
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngCor: a coloração não é a mesma em toda pinta, há diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, azul, vermelho ou branco.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngDiâmetro: a pinta tem mais de 0,5 cm (embora médicos diagnostiquem melanomas bem menores)
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngAlguns melanomas fogem dessa descrição e o melhor é procurar um especialista se você suspeitar de algo diferente.
Em caso de suspeita de melanoma, seu médico irá perguntar quando a mudança em sua pele surgiu, se ela aumentou de tamanho ou mudou de aparência, se alguém mais em sua família teve câncer de pele e sobre a sua exposição aos fatores de risco.
O especialista deverá também observar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama. Ele vai checar se há outras manchas e pintas suspeitas e verificar se há inchaço dos linfonodos (gânglios linfáticos), do pescoço, axilas, virilha, que pode indicar que o melanoma se espalhou.
A confirmação ou não do diagnóstico de câncer de pele é feito através de uma biópsia, a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microscópio. Existem vários tipos de biópsia, sempre feitas com anestesia e a opção vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo.
Nos casos de suspeita de melanoma, os especialistas geralmente removem todo tumor durante a biópsia, método chamado biópsia excisional ou biópsia de excisão.
Em alguns casos raros, o melanoma se espalha (metástase) para linfonodos (gânglios linfáticos), pulmões, cérebro ou outros órgãos enquanto a lesão na pele ainda é muito pequena. Quando isso ocorre, o melanoma metastático pode ser confundido com um câncer que teve início nesses órgãos. Por exemplo, descobre-se um câncer que parece ser de pulmão, mas que na verdade é um melanoma que atingiu o pulmão. Nesses casos, as amostras da biópsia são examinadas para ver se trata de melanoma, porque diferentes tipos de câncer exigem diferentes tratamentos.

Como evitar a doença:

http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngFiltro solar e chapéu são as melhores armas para prevenir o câncer de pele. O ideal é evitar o sol, mas, caso vá se expor, que seja antes das 10 horas, ou à tarde, depois das 16 horas, sempre usando filtro solar (fator 15, no mínimo), chapéu e óculos escuros. Use também um protetor labial.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngO cuidado deve ser redobrado com as crianças, porque a exposição exagerada ao sol nos primeiros 20 anos de vida é decisiva para o aparecimento de câncer de pele na meia-idade.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngUso de filtro solar não vale apenas para a praia, ele deve ser usado no dia-a-dia também, principalmente em áreas do corpo expostas durante passeios, caminhadas, ao fazer exercícios ou em compras ao ar livre.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngA recomendação vale também para aqueles dias de mormaço ou nublados.
http://www.hcancerbarretos.com.br/images/maxi_arrow1.pngUse óculos escuros – com lentes de boa qualidade. Eles ajudam a proteger a pele delicada da região dos olhos.



Referências:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-pele
http://www.hcancerbarretos.com.br/cancer-de-pele
http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-pele/

8 comentários:

  1. Como os cânceres de pele podem apresentar características diversas, deve-se procurar um médico sempre que notar uma lesão nova ou quando uma lesão antiga sofrer algum tipo de modificação. No caso de confirmação do melanoma, deve-se prosseguir com o tratamento. O tratamento inicial consiste na retirada cirúrgica da lesão e do tecido ao redor. Quimioterapia ou radioterapia são recursos terapêuticos utilizados nos casos mais graves.O tipo de tumor é menos importante do que seu tamanho no momento do diagnóstico para determinar o tratamento e o prognóstico. É importante, principalmente para as pessoas muito brancas e que ficam com a pele ruborizada quando expostas ao sol, a consulta regular com um dermatologista(com atenção especial para quem já tem histórico de câncer de pele na família).
    Fonte: http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-pele/

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  2. A maioria dos tumores de pele são benignos e dificilmente se transformam em câncer, mas é um sinal de que alguma coisa está errada e é necessário a procura de um especialista. Dentre esses tumores é importante destacar alguns: A queratose actínica, que são lesões pré-cancerosas provocadas pelo efeito cumulativo da exposição aos raios ultravioleta. Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas lesões ásperas, avermelhadas ou cor da pele, no rosto, orelhas, dorso da mão, braços e até na cabeça de homens calvos. É mais comum em pessoas de meia-idade e pele clara. O carcinoma espinocelular in situ ou doença de Bowen que é o estágio inicial do câncer de pele de células escamosas. In situ significa que o câncer ainda está restrito ao local onde se originou e se caracteriza pelo aparecimento de manchas rosadas na pele, também provocadas pela exposição ao sol. Clinicamente, caracteriza-se por área eritematosa coberta por crostas, com lesões bem definidas com bordas irregulares. A leucoplasia oral é caracterizada por mancha ou placa branca localizada na mucosa oral ou língua. As lesões são desencadeadas por trauma mecânico (próteses dentárias) ou trauma químico (fumo). A transformação maligna é rara, mas toda lesão leucoplásica na cavidade oral deve ser biopsiada. O queratoacantoma assemelha-se clínica e histopatologicamente ao carcinoma espinocelular. Localiza-se de preferência em áreas descobertas como face, antebraço, dorso das mãos e pescoço. Existem formas solitárias ou múltiplas. Há fase de crescimento rápido (4 a 8 semanas), período estacionário e involução espontânea (4 a 6 meses). A exérese total da lesão é importante para o diagnóstico e o exame histopatológico é imperativo.
    http://www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/pele-nao-melanoma/44/

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  3. Os cânceres de pele, como citado na postagem, podem ser divididos em alguns tipos. Entre eles, os cânceres de pele não melanoma e o câncer de pele melanoma. Os não melanoma podem ser o carcinoma basocelular (CBC), que é o mais comum e menos destrutivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de proliferação mais rápida que o carcinoma basocelular. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro. Esses tipos distintos de câncer também apresentam sintomas diferentes, o que facilita o seu diagnóstico. O carcinoma basocelular, pode haver a presença de pequenas protuberâncias que têm aparência perolada e sangram com facilidade. O carcinoma espinocelular mostra-se como uma mancha ou caroço que tem cor avermelhada e assemelha-se a uma ferida que não cicatriza. Já no melonoma há uma mudança numa pinta pré-existente ou esenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada ou de aparência incomum em sua pele.
    Referência: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-pele

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  4. O câncer de pele é um dos canceres que tem maior probabilidade de expansão para outras partes do corpo e é muito interessante a relação do risco de malignidade do câncer com as suas características visuais. Essas características influenciam também no risco de metástases. Um estudo publicado na versão digital do "The Lancet Oncology", realizado por cientistas alemães, mostrou que o risco de metástase e a incidência do câncer de pele aumentam significativamente se o tumor tem mais de 6 milímetros de espessura ou caso esteja situado na orelha. Os cientistas fizeram uma análise completa dos tumores extraídos (espessura, o tamanho horizontal, a forma das células e o tecido), e também consideraram o local do corpo na qual tinham surgido, o histórico de câncer de pele e de tumores dermoplásticos dos pacientes e o grau de supressão imunológica. A conclusão foi de que quanto mais espesso o tumor, maior o risco de metástases.

    Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL640236-5603,00-RISCO+DE+METASTASE+DEPENDE+DA+ESPESSURA+DO+CANCER+DE+PELE+DIZ+ESTUDO.html

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  5. Um público que deve receber atenção especial no que tange as campanhas de prevenção de câncer de pele é o público infantil. Todavia, na literatura brasileira quase não há estudos sobre a exposição solar e cuidados de prevenção de câncer da pele em crianças. Essa situação se reforça pelo fato de que mesmo em crianças muito pequenas o uso do filtro solar é escasso, apesar de toda a informação disponível na mídia para a população sobre os efeitos nocivos do sol. Outro fator preocupante é que a população mais pobre tem menos possibilidades de proteção contra os raios nocivos do sol. Pesquisas encontram associação positiva entre renda familiar elevada e uso de filtro solar. Isso, num futuro próximo pode resultar em uma problemática de saúde pública de grandes proporções. A pele, como é exposta diariamente a agressões externas e internas, as quais formam uma barreira física a agentes externos como a radiação ultravioleta, está vulnerável à vários problemas. Além da neoplasia cutânea, existe eritema, queimaduras, pigmentação cutânea, fotoenvelhecimento, fotossensibilidade, dentre outras. Os raios nocivos promovem a mutação de porções das células, no caso, da pele. A mutação no material genético (nos nucleotídeos, por exemplo) fazem com que essa mutação se repasse para as próximas gerações de células, o que vai constituir o tumor que pode entrar em metástase. Para que isso não ocorra, deve-se garantir que toda a população tenha formas de se prevenir desses agentes patogênicos.
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext_pr&pid=S0103-05822013010600001

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  6. Um dos mecanismos para detecção precoce do câncer de pele é o auto exame. Existem medidas simples de auto exame que podem ajudar muito no diagnóstico da doença. Um site de uma organização que luta contra câncer de pele, por exemplo, disponibiliza um mapa corporal para registro e observação de todas as machas de pele que se puder encontrar. Esse monitoramento é atamente eficiente para dar ao médico um histórico de evolução da doença e a detecção de proliferação anormal de células cancerosas.
    O mapa é disponibilizado no seguinte link, com todas as instruções em inglês:
    http://www.skincancer.org/Media/Default/File/File/webbodymap_1142011.pdf

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  7. É muito importante lembrar que o câncer de pele é um dos tipos de câncer mais comuns de haver reincidência no paciente, pois costuma surgir de uma exposição prolongada da pele aos fatores de oxidação, tais como os raios ultravioletas. Devido a isso, o paciente, mesmo que não tenha registrado algum caso de câncer de pele, deve realizar exames de rastreamento rotineiros que incluem exame físico completo da pele. Concomitantemente, é aconselhável uma dieta saudável que inclua vitamina E por ser antioxidante e vitamina C, por regenerar a vitamina E. É importante lembrar, também, que a maior taxa de câncer de pele está no rosto
    Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/vivendo-com-o-cancer/754/146/

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  8. O tratamento do câncer de pele é cirúrgico na maioria das vezes ou através da destruição das lesões por radioterapia ou criocirurgia com nitrogênio líquido. É interessante falarmos sobre o tratamento, pois na maioria das vezes que se pensa em câncer, o grande problema está na retirada dele ou isolamento das células cancerígenas. Já na pele, isso é relativamente fácil, quando comparada a um câncer de pulmão, por exemplo. Quanto antes a lesão for retirada, maior a chance de se curar a doença e de se evitar a disseminação de células cancerosas para outros órgãos (metástases), muito rara nos casos de carcinoma basocelular mas muito frequente nos casos de melanomas não tratados.
    fonte:http://www.dermatologia.net/novo/base/cancer.shtml

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